E a marquise da fachada do “mega
hospital” sobralense desabou! E o psicólogo desabafou! Mas, não foi esse o hospital, inaugurado mesmo sem funcionar, com direito a show com cantora
famosa? E olha que só o pagamento para a moça cantar custou ao cearense
batalhador a besteira de R$ 650.000,00! Mesmo sem funcionar! E o deputado
opositor logo bradou que caiu a marquise, feriu uma pessoa e essa pessoa foi
levada a outro hospital porque aquele ali não funcionava! Não poderia nem
atender a própria vítima de sua má construção! E o governador “bicho de
orelhas”? Ah, ele disse que ia continuar investindo em “lazer, diversão e
alegria... doa a quem doer”. Olha que a chibatada em cima do desafortunado da
marquise doeu mesmo! Quem pagará por isso? O povo...
O governador “bicho de orelhas” é
aquele mesmo que levou a sogra para passear na Europa via jatinho do Estado,
que presenteou a polícia com as caríssimas Hilux automáticas e que quer fazer o
“megalômano” milionário aquário! Bem, ele mesmo que acha que professor tem que
trabalhar por amor e não por dinheiro. Ora, para que tanto alvoroço! O
governador paulista acha a mesma coisa! Portanto, cearense batalhador,
reivindique ao seu governador que trabalhe por amor e doe o seu salário para o
sertanejo que não vê uma gota de água faz dias! Mas, para o “bichinho de
orelhas” um super centro de eventos é mais importante que o professor, um
aquário gigante é mais importante que a seca e fazer inauguração com festa é
mais importante do que a saúde do povo! E o bicho ainda é ex-amigo da
ex-prefeita Cachinhos Dourados que brigou com ele por causa do Titanzinho e ela
só de mal deixou um rombo de quase R$ 500 milhões para seu pupilo coadjuvante
assumir na prefeitura! Quem pagará por isso?
A “baldeação” na política não é coisa
nova. Essa coisa de amansar a população e mantê-la no controle, mais antiga
ainda. Na Roma do ano 100 dC, um poeta gaiato chamado Juvenal percebeu que o
povo era desinformado e nem queria saber desse negócio de educação e política.
O povo só queria saber de comer e achar graça! Aí ele gritou: “panem et
circenses”! O Cezinha vendo que seu império crescia junto com a população, teve
logo a idéia de dar o “pão e o circo” para poder “montar” em cima do povo, já
que só meter a “chibata” e “crucificar” não era o bastante. O mestre Foucault
conta que lá por 1800 dC dominava o medo e a forma de controlar o povo era
jogar os desordeiros e subversivos nas prisões e nos asilos. Porém, com o
passar dos anos, isso já não estava dando muito certo e o governo viu que
melhor era criar ambientes em que um sujeito pudesse ser vigiado ou pensar que
estaria sendo vigiado. Surgem os “quadrados” como as escolas, fábricas,
hospitais para confinar um tipo de sujeito a ser vigiado e é estimulada uma
educação para manter o corpo dócil, para anestesiar o povo e manter o poder dos
que podiam mandar!
E o Brasil? Ah, já começou errado!
Desde que era uma jovem colônia já amamentava muito marmanjo ambicioso! A
nobreza portuguesa queria sugar do Brasil toda riqueza, mas morar nessa terra
desprovida nem pensar! Mandou para cá uma quinzena de nobres a barganhar com a
coroa lusitana o seguinte: deixar Portugal, ir para um lugar estranho onde o
povo anda nu que nem animal? Ah, só se o sujeito pudesse mandar e desmandar e
ainda matar do jeito que lhe aprouvesse! E foi assim: conta a mestra
historiadora Denise Moura que essa liberdade de poder fazer o que quiser, que
nem menino mimado, petrificou nos mandantes brasileiros uma tradição cancerosa
de enganar o povo, embromar com qualquer coisa, administrar de qualquer jeito, dar
osso para comer dizendo que é filé e ainda ter o privilégio de não ser
aborrecido pela massa, ou pior, ainda ser venerado por dar o “pão e circo”,
isso tudo até os dias de hoje! E de quem é a culpa? A culpa é minha! Eu “que
faço parte dessa massa”, mas não exijo nada do Estado, que não me interesso
pelos acontecimentos em volta, que jogo lixo em qualquer lugar e ainda digo que
estudar é para os bestas! Eu que perco meus valores morais em troca de uma
falsa democracia em que não aprendi nem a respeitar o outro, seja em casa, no
trânsito ou na fila do banco, que dirá saber votar! Mas, eu quero é ir ao
show... espera aí, pára tudo, vai começar o BBB!
0 Pensadores:
Postar um comentário