20080915
3 Pensadores

Todo poder emana do povo - Parte I

segunda-feira, setembro 15, 2008

- “Suas informações são mentirosas!” Assim o candidato do PR à Prefeitura de Fortaleza se dirigiu a Dona Loira no debate que aconteceu na TV jovem. O tal debate nada mais reafirmou que o desespero explícito dos nove candidatos presentes, cada qual defendendo o seu peixe e metendo a faca no dos outros. Para “invariar” os candidatos se limitaram a passar a maior parte do tempo trocando farpas. Um amigo do psicólogo contou que foi uma experiência muito ruim assistir a duas horas de “politicagem barata” e no fim descobrir que ainda continua perdido sem opção! Para conseguirem uma eleição, alguns políticos brasileiros até defendem que “os fins justificam os meios”.E toda época de eleição traz essa competição para ver quem promete mais! Na verdade é uma disputa travestida. A intenção sempre foi de convencer o “votador” – um eleitor fácil de enganar e alvo principal dos “lobodatos”, lobos na pele de candidatos – que o interesse maior dessa alcatéia é resolver o problema dos “pobres de Jó”. No entanto, o joguinho deles é puramente egóico, brigam e se matam por um pedacinho de “filet mignon” extremamente apreciado pelo bicho homem desde a fundação do mundo: o poder!

Os antigos gregos gostavam de associar o poder político à ética, pois esta não poderia se dissociar daquele. A ética, por sua vez, seria “pensar sobre o fazer para fazer bem”. Mas, o negócio não era bem assim, porque se até a democracia grega era um “petisco” da elite minoritária, imagine o acesso ao poder. Então, o psicólogo se lembrou de Platão. Como todo bom filósofo grego ele observava o mundo em sua volta e só pensava. Platão também foi político e como todo bom político sabia puxar a brasa para sua sardinha. Esse filósofo achava que o indivíduo já nascia pré-destinado a um ofício ou função, herdado de seu pai e que se o cara nasceu artesão isso seria necessário ao bom andamento das coisas. Somado a isso uma nação para funcionar bem deveria ter três classes: a primeira, era a da “mundiça”, os artesãos e outros profissionais que estariam ali porque tinham que estar. A segunda, dos guerreiros, era um pouquinho mais bem vista, pois eles teriam o espírito valente e defenderiam a “polis”. A terceira, era a “high-society”, a única com o privilégio de possuir acesso ao conhecimento pleno das coisas e destinada a governar todo o resto da população. Seriam os filósofos! Agora, a pergunta: Platão era o quê, hein? Pois é, o político e filósofo grego também gostava de justificar porque ele tinha que mandar e para isso escreveu A República.

O psicólogo se lembrou que mais adiante, na história, surge um italiano desconfiado e que achava que o seu país estava a maior baderna. Tinha por sobrenome Maquiavel, foi servidor público – um chanceler – que não era lá essa moral toda, mas era amigo dos bem sucedidos naquela sociedade. Só que o governo para o qual ele trabalhava caiu e os novos donos do poder, a família Médici, botaram ele p’ra correr. Muito danado da vida, ele foge e vai se esconder num pequeno povoado para não levar “pêia” dos Médici. Aí, revoltado, vendo que o seu país estava todo bagunçado, que perdeu o seu emprego público p’ra cuidar de vaca e para se “limpar” com a politicagem da época, o italiano escreve O Príncipe, que é um livro sobre política. O poder, na visão maquiavélica, é a figura de um soberano que metia a “sola” nos outros sem dó, nem piedade para poder sustentar o seu Poder Centralizador. Na verdade, é um soberano mal resolvido que tinha que justificar a “tolerância zero” por não saber ajeitar a bagunça da casa. Logo, esse poder deveria ser imposto pelo medo e, lógico, sem a ética! E vejam que até hoje esse sujeito tem alunos devotos como o presidente “Bucho”, o finado Sadam, a turminha verde-amarela do golpe de 64, o baixinho norte-coreano Kim Jong e algumas más criaturas das instituições policiais. O psicólogo, certa vez, leu na Constituição que “todo poder emana do povo”, mas o russo Bakunin tem certeza que isso é só uma mera ilusão e que o poder emana da aristocracia. Mas isso... deixa estar... isso é coisa p’ra mais pensamento, porque pensar demais em poder dá “nó no quengo”!

3 Pensadores:

Anderson Marin Lima disse...

O poder pertence a maioria: o povo. Porém, a maioria é BURRA, PREGUIÇOSA, CONFORMISTA e CORRUPTA. A maioria quer sucesso sem trabalho. Quer sucesso pelos atalhos obscuros. A maioria se esqueceu do que realmente tem valor. A maioria se esqueceu que juntos somos mais fortes que qualquer governo. A maioria não sabe o que é votar, nem como cobrar...

Juliana Petroni disse...

Reta final da campanha para as eleições municipais em todo o país, devemos ficar atentos a todo esse marketing político em jogo. O voto consciente deve ser prioridade de todos os brasileiros.

Pequeno Luiz disse...

tirando esse lado chato, a eleição tem seu lado bom... com os candidatos engraçadissimos!

http://infocasa.blogspot.com

 
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