20080515
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ACONTECEU NA “COMISSA”!

quinta-feira, maio 15, 2008

Hoje, dia 15 de maio, pela manhã, o psicólogo foi ao curso de Inglês. Ele também quer globalizar, ler “notícias importadas” e sacar os “enlatados” made in USA. Nada melhor que a English Language para resolver isso. Bem, como usualmente fazia, foi pela Av. Luciano Carneiro em seu caaaaar... opa, o que é esse monte de gente, com esse monte de faixa? Em frente a um prédio todo espelhado que mais parecia uma empreiteira! Seriam os funcionários indignados com o desprezo de seus patrõezinhos? Não... disseram ao psicólogo que ali era a sede do executivo municipal, a prefeitura! Os funcionários eram servidores públicos municipais que reclamavam do desprezo que a administração pública dedicava a eles! Mas, essa administração não é que nem a onda de luz no Efeito Doppler? Ela se desvia para o vermelho. E a chefe geral, a Excelentíssima Senhora Prefeita de Cachinhos Dourados? Ela era esquerdista, marxista. E agora que está do outro lado da mesa? Ah, Karl Marx abandonaria o seu manifesto se pudesse ver como ficaram os seus discípulos... bem diferentes do que ele propôs um dia. Pensando bem, devemos concordar com o amigo Marx: a história da humanidade é a história da luta de classes! Se eu tenho o poder eu uso isso para oprimir, se eu não o tenho, o jeito é “bodejar” (e não budejar), eh fazer como o bode, pois assim os opressores tratam os oprimidos. Aí acontece que se um dia estive do lado mais pobre da mesa e passo para o lado da cadeira do patrão, a cabecinha baixa de ontem não vai ter aonde pousar o seu nariz de tão alto que este andará amanhã. Um sujeito russo e anarquista chamado Mikhail Bakhunin também prestou atenção nisso. Daí, eu entro na batalha das classes de acordo com a minha posição de poder alguma coisa ou não. E o protesto? Os servidores reclamavam, e com muita razão (ou decepção), um aumento de 17% em seus salários, a redução da jornada de trabalho para os plantonistas, enfim, melhores condições de trabalho, companheiros! Aí, o Sr. Secretário de Administração, na pessoa do Pessoa, disse em transmissão televisiva que, devido ao ano eleitoreiro... perdão, eleitoral... o aumento nos salários não poderia ultrapassar o índice INPC. Repare que o INPC é o Índice Nacional de Preço ao Consumidor e que em um ano inteiro acumulou apenas 5,9%! Ah, se as taxas de juros, a gasolina, o feijão e os eletrodomésticos só aumentassem cinco por cento ao ano! Penso eu que viveríamos bem melhor. Já pensou? Demorar um ano pra dar 5% de aumento no teu salário? E preço ao consumidor é porque a mão-de-obra é tratada como mercadoria mesmo.

Enquanto isso a D. Loirinha faz festa. E gosta de uma platéia. O psicólogo tem uma amiga pedagoga que é mais sua irmãzinha do que uma amiga, do jeito que o Sábio Salomão falou. Pois bem, a sua amiga irmãzinha pedagoga de Santa Quitéria gosta de ir à missa. Houve o dia 13 de maio na Av. 13 de Maio. Como toda devota ela foi em busca do consolo de Cristo, na missa. Mas, o que ela encontrou lá foi uma “comissa”! O que é isso? Explico. Era meio dia, o Sol derretendo fio de pedra e fritando ovo no asfalto, todo mundo com fome, pois só havia naquele momento o “pão da alma”. E quem aparece lá, na missa? A nossa Excelentíssima Senhora Prefeita de Cachinhos Dourados! E pensam que foi pra ver a missa? Nananinanão! A pedagoga amiga do psicólogo contou que o Arcebispo ministrava aquele culto, enquanto o Padre convidava a D. Loirinha e toda sua comitiva para “palanquear” no altar! Isso mesmo! Uma “comissa”, um comício na missa! Contudo, o psicólogo se lembrou que não era a primeira vez que a Igreja se unia ao Estado em busca de interesses comuns. Comuns porque a D. Loirinha inaugurava a santa na praça ao mesmo tempo que aparecia... olha só, daqui a pouco estarão fazendo promessa para a Santa Loirinha! E a comitiva toda falou... e a pedagoga não gostou... ela e muita gente de lá. Os fiéis se retiravam com categoria. E o altar era profanado... o sagrado tomado pelo secular! Que coisa, hein! Conta a história que na Antiga França existiam três classes de pessoas: a primeira, mais rica e privilegiada, a Igreja Romana. A segunda tinha terras e também seus privilégios. Essas duas classes não pagavam impostos. A terceira não tinha nada, era o povão. O povão estava faminto e se amotinava muito, os nobres achavam que o rei estava muito chato e mandava demais e a Igreja concordava com quem tivesse o poder nas mãos. Mas, havia o pessoal que não pertencia a nenhuma classe, porém tinha muito dinheiro e então queria poder. Logo, a Igreja se uniu aos nobres (que tinham dinheiro, mas queriam mais e mais) e foram pedir mais dinheiro aos burgueses que perceberam que nesse investimento poderiam comprar poder. Todos contra o rei que estava muito chato. Aí a Igreja, pra não perder sua “boquinha”, se une ao Estado mandado pelos nobres e burgueses, claro, (defensor dos interesses dos ricos e por eles criado) que sabia que a Igreja tinha muito controle sobre o povão para aquietá-los. E aí todo mundo ficou feliz! Felizes para sempre! Até que o dinheiro os separe! Mas, e a D. Loirinha? A D. Loirinha fez seu discurso e também ficou feliz. E o Roberto Carlos também! E o nosso psicólogo no meio da rua querendo ir para o seu Inglês... será que ele vai perder a aula? Vai pra casa psicólogo!!!

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