O desmatamento na Amazônia é preocupante. Serão necessárias medidas emergenciais, mesmo que tardias para tentarmos recuperar o que já foi degradado ou pelo menos parte da nossa floresta. Vejam que, entre agosto de 2007 e o final de março deste ano, a Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DERTE), registrou 4.732 km2 de desmatamento, uma área que equivale a três vezes a cidade de São Paulo. É bom lembrar que as florestas são fundamentais para o equilíbrio ecológico do nosso planeta e para o bom funcionamento do clima.
As buscas de interesses econômicos a qualquer preço, serão pagas pela extinção das espécies e ecossistemas. Parece que o homem esquece que está destruindo a si mesmo e que está fazendo parte da destruição do planeta. Não é por acaso que estamos sentindo as alterações climáticas, como também o efeito das queimadas que causam, o aquecimento global. Estudos feitos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) comprovam que, além do aquecimento global, a destruição da floresta também pode levar à chamada “savanização”, processo no qual o clima quente e úmido da Amazônia dá lugar à um clima quente e seco. Nesse clima, a vegetação densa da floresta tropical não sobrevive e cede lugar à savana.
É lamentável saber que a busca pelo lucro está acima de qualquer coisa, inclusive da nossa sobrevivência e que o poder público se calou todo esse tempo. A exploração da nossa floresta não é de agora, teve início em 1500 com a chegada dos portugueses ao Brasil. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. Hoje, o que se vê são várias ONG’s internacionais na Amazônia interessadas em explorar a nossa riqueza florestal. Pelos cálculos dos militares, existem no Brasil cerca de 250 mil ONG’s e, desse total, 100 mil atuam na Amazônia. É, da chegada dos portugueses até os dias atuais, o quesito exploração parece que continua o mesmo.
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